segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O cristão e o Natal [parte 2]

O cristão e o Natal [parte 2]

"E disse Jesus: Hô, hô, hô!" Esta cômica frase é o significado do que tem sido difundido sobre o nascimento de Cristo. Partindo desse pressuposto, trouxemos esse artigo para esclarecer os nossos irmãos, crentes em Jesus, quanto à diferença entre o Natal que o mundo comemora e o nosso Natal.

Há alguns milênios, cumpria-se o que foi dito da parte do Senhor nas profecias do Antigo Testamento. Nascia Jesus, o Salvador da humanidade. Tida como uma das grandes datas anuais, o mês de dezembro pára para celebrar o dia do nascimento de Cristo no próximo dia 25. Mas, será mesmo que é isso que acontece? Aliás, Jesus nasceu mesmo em 25 de dezembro? E mais, alguém lembra de Jesus nesse dia, quando o “dono do espaço” chama-se Papai Noel? O que significa então, à luz da Palavra, as árvores de Natal, aqueles “pisca-pisca” que são as luzes natalinas? Pior, será mesmo certo um cristão comemorar esse dia com esses elementos simbólicos e saudar os demais com um “Feliz Natal”?


Por que 25 de dezembro?

Começo pela data em si. Para quem não sabe, no mês de dezembro costuma chover e nevar na Palestina. Faz um rigoroso inverno. Logo, os pastores não deixam as ovelhas ao ar livre nas noites de inverno e, conforme Lucas 2.8, “naquela mesma região pastores que estavam no campo, e guardavam os seus rebanhos, durante a vigília da noite".

E por que 25 de dezembro? Alguns relatos afirmam que essa comemoração foi fixada 300 anos depois da morte de Cristo, por Constantino, que aproveitou o dia 25 de dezembro (que era tido como o dia do nascimento do deus-Sol) para, numa mistura com as religiões pagãs, definir como o dia do nascimento de Cristo. De qualquer forma, não se sabe qual foi o dia exato do nascimento de Jesus. O importante é saber que Ele nasceu.


Quem é o Papai Noel?

Quando alguém faz uma indagação sobre quem é o Papai Noel, pensa-se logo no bom velhinho vestido de vermelho e de barba branca, que entrega presentes num trenó na véspera do Natal. Ele é aquele que vê o comportamento das crianças e as presenteia no fim do ano conforme os seus atos, se são bons ou não. Segundo a história, Papai Noel na verdade é São Nicolau de Bari (daí Saint Klaus, que é Papai Noel em inglês), um bispo de Mitra que "costumava distribuir presentes às filhas de um cidadão empobrecido e era venerado pelos gregos e latinos no dia 6 de dezembro". (Encyclopaedia Britannica, p. 648-649).

Mas onde está o problema do Papai Noel? Está no que ele faz. Como?

O Papai Noel, segundo as visões da sociedade mundana, é aquele que vê a todos o tempo todo e sabe se os tais são bons ou maus. Isso é errado, tendo em vista que só o Senhor é Onipotente (Sl 33.14) e Onipotente (Mt 28.18). Depois que o Papai Noel tira a atenção de Cristo, o 'aniversariante', e cria um pensamento materialista na mente das pessoas.

Em suma, Papai Noel não existe. Não peça presentes a Papai Noel. Existe um Papai do Céu pronto pra te abençoar (Sl 115.13).


A árvore de Natal

É sabido por todos que o nascimento de Cristo não tem nada a ver com esses símbolos natalinos. E por que estão inseridos nessa data?

Segundo a Enciclopedia Britânica, a moderna árvore de Natal surgiu na Alemanha Ocidental e representava a "Árvore do Paraíso". Já a Walsh Curiosities diz que a origem da árvore vem da Babilônia, quando foi utilizada para representar a morte de Ninrode, bisneto de Noé. Segundo sua mãe (que também era sua esposa!), um grande pinheiro nasceu da noite pro dia de um pedaço de árvore morta, que simbolizava o desabrochar da morte de Ninrode para uma nova vida. Nessa árvore, depois de morto Ninrode deixava presentes no dia do seu aniversário de nascimento.

Ora, isso em nada condiz com o nascimento do Messias. Aliás as Escrituras alertam quanto a tal prática. Veja o que diz Jeremias 10.4,5 "Porque os costumes dos povos são vaidade; pois corta-se do bosque um madeiro, obra das mãos do artífice, feita com machado; com prata e com ouro o enfeitam, com pregos e com martelos o firmam, para que não se mova." Não há, portanto, necessidade para um cristão ter uma árvore de Natal em casa sabendo da origem pagã que ela conserva.


"Pisca-pisca", as luzes de Natal

O mesmo conselho serve para as luzes de Natal, o famoso "pisca-pisca". Por quê? O uso de velas é um ritual pagão dedicado aos deuses ancestrais. A vela acendida está fazendo renascer o ritual dos solstícios, mantendo vivo o deus sol. Não tem nenhuma relação com o candelabro judaico (ou Menorah). Mais recentemente, em lugar das velas passou-se a adotar velas elétricas, velas à pilha, e, finalmente, as luzes, o 'pisca-pisca' - o sentido é o mesmo! Logo, também é recomendável que o crente não tenha esses símbolos pagãos piscando dentro de suas casas (apesar da atração que causa nas crianças e do colorido que domina as paredes).


E agora, como agir?

Nós poderíamos falar também sobre as guirlandas e seus memoriais de consagração aos deuses, e os presépios e seus adereços que estimulam a veneração idolátrica das imagens; concluiremos, porém, falando sobre o Natal comemorado no mundo.

Essa data se tornou mais um dia de consumo do que um dia de confraternização. Nos países predominantemente cristãos, o Natal tornou-se o feriado mais rentável para estabelecimentos comerciais e também é celebrado como feriado secundário em países onde cristãos são minoria. Até mesmo em países não cristãos, como o Japão, a China e alguns países islâmicos, o Natal é celebrado mais como uma data comercial do que religiosa.

O Natal não é um artigo de fé; não faz parte do corpo doutrinário da igreja; é questão de ordem pessoal. É preciso que haja espírito de tolerância para com os que não pensam como nós em aspectos secundários de fé (Romanos 14). Os extremos devem ser evitados. Não se deve dizer a respeito de quem comemora o Natal: “Está em pecado; enganado por Satanás”. Por outro lado, quem não celebra o 25 de dezembro não deve ser crucificado por causa disso. Cremos, porém, que quem se fecha para essa data, perde urna grande oportunidade, pois nesse dia a maioria das pessoas está sensível a ouvir algo sobre Jesus. Pergunte-lhes o que acham de Jesus ou o que acham do Natal; qual o seu real significado; será que Natal significa comer e beber, cantar e dançar? Diga que o mundo precisa do Pai da Eternidade (Is 9.6) e não do “papai Noel”.

Outro conselho que deixamos: Resistir a esse espírito demoníaco de consumismo no Natal. Não que não devamos ir às compras, mas sim lembrarmos da real comemoração desse dia e, independente das compras, possamos lembrar, diariamente, que Jesus não só nasceu mas também morreu e ressuscitou e, por isso, nossa fé não é vã (1 Co 15.14)!

Portanto, agora que sabemos da origem pagã dos símbolos e práticas do natal, não se mostra adequado desejar tão somente: “Feliz Natal”, sobretudo ao não cristão! Não há mandamento ou instrução alguma na Bíblia para se celebrar o nascimento de Cristo! Somos orientados sim a lembrar da sua morte e ressurreição que nos proporcionou a Vida (I Co 11.24-26; Jo 13.14-17). Uma boa sugestão seria ensinar aos demais a real simbologia dos elementos natalinos e alertá-los quanto ao sentido verdadeiro que essa data representa. Anuncie para o mundo o que um anjo disse aos pastores ao nascer Jesus: “Eu vos trago novas de grande alegria, que o será para todo o povo. Na cidade de Davi vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lucas 2:10, 11).

Independente de qualquer posição em relação à festa de Natal, louvamos a Deus por essa feliz Boa Nova: Jesus nasceu!

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