quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Você já viu algum crente secular dentro da igreja? É bem provável. Eles são muitos

Não existem dúvidas de que a mentalidade secular já tem feito suas trincheiras no seio da igreja evangélica. Uma indicação muito clara disso é a crescente ênfase que e vem dando à chamada “teologia da prosperidade”, ou “evangelho da confissão positiva”, pelos templos do Brasil afora.

Uma das consequências de tal ensino, além do excessivo apego às coisas materiais, é o fascínio pelo poder que, a despeito das advertências bíblicas, envolve um sem-número de cristãos que deveriam ser apenas servos de Deus em posição de liderança.
Como advertência a esses cristãos, talvez sejam úteis as palavras de Russel Shedd:
“Quem não sente atração pelo poder, aquela satisfação que surge no coração do jovem pastor bem-sucedido ao notar a repercussão do seu ministério?... Quem lembraria ao complacente servo do Senhor que a prosperidade é uma ameaça mais perigosa do que as provações calamitosas que Jó enfrentou?
Satanás abraça com seus braços infernais os que não tomam precaução diante das tentações que acompanham a prosperidade. A Jesus, ele ofereceu toda a autoridade e glória dos reinos do mundo (Lc 4.6). As ‘riquezas e deleites da vida’ são tão eficazes de em sufocar a semente que caiu entre espinhos, como as perseguições do inimigo (Lc 8.14).”

Jurisprudência evangélica
Outra consequência do pensamento secularizado e materialista revela-se pela atitude que aqui chamamos de “jurisprudência evangélica”, também já enraizada na igreja, e que funciona como obstáculo para que ela consiga levar adequadamente a verdade bíblica ao mundo... Por isso, é importante conhecê-la.
A “jurisprudência evangélica” é resultante da pragmática de uma certa parcela de membros da igreja que, apesar de todos os ensinamentos bíblicos, insiste em enxergar e considerar determinados pecados, enquanto “faz vistas grossas” e desconsidera outros.

“Pecadinhos e pecadões”
De acordo com essa jurisprudência, os pecados realmente são aqueles relacionados à sexualidade. Nesse sentido, “cair em pecado” é adulterar ou cometer fornicação.
Exagerar nas margens de lucros, exorbitar na cobrança de juros, não honrar compromissos financeiros assumidos, contar “pequenas mentiras” nos negócios e tantas outras coisas semelhantes a essas, no entanto, são coisas que não chegam a ferir a consciência desses cristãos, pois já fazem parte do “jogo de cintura” cultivado.
Além disso, há pecados subjetivos, que são se concretizam no íntimo do coração, mas que não são exteriorizados para o próximo; muito embora sejam tão abomináveis aos olhos de Deus quanto os mencionados anteriormente, alguns são acobertados ou mal disfarçados sob pretensas máscaras de santidade.
Não é absolutamente fácil refletir sobre essa realidade. Contudo, se a igreja de Cristo deseja manter sua capacidade de exercer o seu papel profético frente ao mundo, há que denunciar esses desvios de rota, a fim de que a honestidade, a probidade, a lealdade e a exatidão aos ensinos bíblicos façam de cada cristão uma criatura aceitável e útil ao Reino de Deus.

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