quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Catolicismo - análise bíblica sobre os conceitos da Igreja Católica - Parte 2

Catolicismo - análise bíblica sobre os conceitos da Igreja Católica - Parte 2

Palavras-chave: Igreja Católica, Catolicismo, Cristianismo, Senhor Jesus, Deus, Verdade, Evangelho, Purgatório, Sacramentos, Batismo, Confissão, Penitência, Eucaristia, Sagrado Matrimônio, Casamento, Ordens Sagradas, Voto de Castidade



(continuação sobre o purgatório)

Mateus 5:25-26
"Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil."


A Igreja Católica usa o texto de Mateus 5:25-26 para defender a doutrina do purgatório. Diz a Igreja Católica que Jesus nos dá a entender que, após a caminhada da vida presente (a via), pode haver um cárcere (metáfora), de onde o réu (o homem) sai depois de ter expiado por completo. Porém, não é isso que a Bíblia diz.

Os versículos em pauta nos mostram um quadro em que o Senhor Jesus trata da relação do homem com o seu inimigo, ou seja, o devedor e seu credor (compare com Lucas 12:58-59). A palavra "adversário" aqui não se refere ao diabo e o termo prisão ou cárcere nada tem a ver com o purgatório. O texto, na verdade, refere-se ao acerto de contas, ou reconciliação, entre os homens. Assim, a humildade de espírito pode nos livrar de muitos dissabores, mesmo quando estamos errados. No sentido espiritual, a única maneira de o homem pagar suas dívidas é aceitando o Senhor Jesus como único e suficiente Salvador (João 8:32, João 14:6, Colossenses 2:13).

João 8:32
"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará."


João 14:6
"Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim."
Colossenses 2:13
"E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas,"

Segundo a Igreja Católica, a purificação no Purgatório traz grande sofrimento para as almas que o habita, mas difere grandemente do sofrimento terrestre, na medida em que estas almas têm a certeza de que entrariam, brevemente ou não, no Paraíso. A Igreja Católica ensina que os habitantes da Terra (os vivos), através de sacrifícios, sofrimentos, orações, missas e boas obras e indulgências, podem ajudar os seus irmãos que estão no Purgatório a aliviarem o seu sofrimento e acelerarem a sua purificação. Daí o conceito de comunhão dos santos.
Segundo o Catolicismo, no fim do mundo, o Purgatório desaparecerá, com todas as almas que lá se encontram a entrarem no Paraíso, depois de longas purificações.

A Bíblia não fala em nenhum lugar de Purgatório. O Catolicismo usou essa definição para receber as indulgências das pessoas (muitas em dinheiro) para que seus familiares fossem salvos.

Como vimos anteriormente, Jesus definiu apenas 2 caminhos: salvação ou condenação. Veja nos versículos abaixo.

Lucas 16:19-31
"Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente. Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele; E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas. E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá. E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento. Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite."

Por meio da parábola acima, Jesus ensinou que não há como os que morreram e foram condenados passarem alcançarem a salvação, ou seja, Jesus ensinou que não existe um meio-termo como o purgatório.

Mateus 25:45
"Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim. E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna."

O malfeitor crucificado ao lado do Senhor Jesus, tomado pelo arrependimento, recebeu a remissão dos pecados e a promessa da eminente ida para os céus. Cristo não disse: "Passe uma temporada no purgatório, purifique-se e venha aos céus!". As palavras do Senhor foram:

Lucas 23:43
“...em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.”
Jesus perdoou todos os nossos pecados por meio de seu sangue derramado na cruz.

1 João 1:7
“O sangue de Jesus Cristo, nos purifica de todo o pecado.”

A purificação dada por Cristo é suficiente para restaurar por completo nossa vida,  transformando-nos em novas criaturas:

2 Coríntios 5:17
"E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas."

Só pela graça do Senhor Jesus somos salvos, por meio da fé e jamais exclusivamente pelas obras de justiça que possamos fazer. Leia em Efésios 2:8-9.


Efésios 2:8-9
"Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie."

Não é por meio de rezas, boas ações, auto-flagelação, penitências ou qualquer outra obra que somos salvos. Conquistamos a salvação se acreditarmos que Jesus Cristo veio como homem, morreu pelos nossos pecados, ressuscitou ao 3º dia e está assentado à direita de Deus.

A obra que Jesus fez na cruz aperfeiçoou para sempre todos os que creem Nele.


Hebreus 10:14
“Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados.”


Ao contrário do que a Igreja Católica defende, não é possível uma pessoa viva interceder por outra pessoa que já morreu nesta terra.Leia em Salmos 49:6-9.

Salmos 49:6-9
“Aqueles que confiam na sua fazenda e se gloriam na multidão das suas riquezas, nenhum deles, de modo algum, pode remir a seu irmão ou dar a Deus o resgate dele (pois a redenção da sua alma é caríssima, e seus recursos se esgotariam antes); por isso, tampouco viverá para sempre ou deixará de ver a corrupção;”

Para haver o purgatório, seria necessário que houvesse diferença entre pecados, porém Deus não faz distinção de pecados.

Tiago 2:10
"Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos.“

Se você contar uma "mentirinha" é pecado, do mesmo jeito que se você xingar os seus pais ou matar uma pessoa. O que tem que ficar claro é que tudo o que você planta, você colhe.

Romanos 6:23
"Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor."

Portanto, a suposta distinção entre pecados mortais e veniais (leves) é arbitrária e absurda.

A Igreja Católica usa o texto de Mateus 12:32 para apoiar a doutrina do Purgatório. Interpretam que os pecados podem ser perdoados tanto nesta vida quanto na futura.

Mateus 12:32
"E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro."

Segundo o texto, Jesus está afirmando que não há perdão, em tempo nenhum e em nenhuma circunstância, à blasfêmia contra o Espírito Santo. Ou seja, não há perdão para quem, consciente e deliberadamente, rejeita a presença e o poder do Espírito Santo. Esse perdão é definitivamente impossível, pois é o Espírito Santo a pessoa pela qual a graça salvadora pode ser comunicada (João 16:7-13). Ao rejeitá-lo, o pecado fica exposto à ira temporal e eterna, e sofrerá as consequências no dia do julgamento final.

Há apenas 2 caminhos: salvação e condenação. A salvação está disponível ao homem enquanto ele viver (Isaías 55:6-7, Mateus 5:25-26).

Isaías 55:6-7
"Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao SENHOR, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar."

Quem purifica o homem do pecado não é o fogo do purgatório, mas sim o precioso sangue de Jesus (1 João 1:7, Apocalipse 1:5).

Apocalipse 1:5
"E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dentre os mortos e o príncipe dos reis da terra. Aquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados,"

Sacramentos
Para viver em santificação, o católico é obrigado a participar e receber os sacramentos e a conhecer a vontade de Deus.

São estes os sacramentos da Igreja Católica:
  • Batismo
  • Confissão
  • Eucaristia
  • Confirmação ou Crisma
  • Sagrado Matrimônio
  • Ordens Sagradas
  • Unção dos enfermos
Batismo
Na Igreja Católica, o batismo é dado às crianças e a convertidos adultos que não tenham sido antes batizados validamente (o batismo da maior parte das igrejas cristãs é considerado válido pela Igreja Católica, contanto que seja feito pela fórmula: "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo“). A rigor, todo cristão pode, nessa fórmula, batizar validamente alguém, nomeadamente em situações urgentes.

Mas a Bíblia não ensina assim. A Igreja Católica usa o versículo João 3:5 para dizer que nascer da água é entendido como batismo infantil, que deve ser ministrado à criança depois do nascimento, sob pena de, morrendo sem batismo, ir para o limbo. Se for adulto que morre sem batismo, vai para o Purgatório.

João 3:5
"Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus."

Façamos uma análise bíblica desses argumentos.
É mandamento de Jesus batizar e negligenciar isso é pecado (Mateus 28:19, Marcos 16:15-16). Mas, admitir que o batismo regenera, não. O que aconteceu na casa de Cornélio mostra a falsidade dessa doutrina, a chamada regeneração batismal, porquanto esses crentes se converteram totalmente, tendo sido batizados com o Espírito Santo de forma notável, inteiramente à parte de qualquer rio externo, incluindo o batismo em água (Atos 10:34-48). Nascer da água significa nascer de novo pela fé ao ouvir a Palavra de Deus (Efésios 5:26). Pedro se refere a ser de novo gerado pela palavra (1 Pedro 1:23). O mesmo fez Tiago 1:18. Por outro lado, o Espírito Santo atua através da Palavra e promove a regeneração convencendo do pecado, da justiça e do juízo (João 16:7-11). O batismo se efetua como testemunho público. Em 1 João 4:1-3 lemos que aquele que nega que Jesus se fez carne é anticristo. Isso é repetido em 2 João 7.

Marcos 16:16
“Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado”.

Observe que Jesus disse na ordem "crer" e "for batizado". O batismo é um sinal público de arrependimento. No evangelho de Mateus, vemos que João Batista, quando batizava com água, chamava as pessoas ao arrependimento.


Mateus 3:1-2
"E, naqueles dias, apareceu João o Batista pregando no deserto da Judéia, e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus"

Sendo assim, uma pergunta é pertinente: Como uma criança recém-nascida pode se arrepender se não possui consciência de seus atos? Os recém-nascidos não reconhecem seus atos e, consequentemente, não conseguem se arrepender deles. Portanto, não é correto batizá-los.

Confissão
Na Igreja Católica, confissão, penitência ou reconciliação envolve a admissão de pecados perante um padre e o recebimento de penitências (tarefas a desempenhar a fim de alcançar a absolvição ou o perdão de Deus). Confessar uns aos outros é bíblico, mas não é necessário confessar com um padre e, muito menos, realizar penitências. Leia em Tiago 5:16.

Tiago 5:16
"Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos."

A Bíblia nos ensina a confessar e orar uns pelos outros para que sejamos sarados. Não se faz necessário confessar a um padre, pois quem crê em Jesus como Senhor e Salvador tem livre acesso a Deus. Veja em Efésios 2:13-16.

Efésios 2:13-16
"Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades."

Jesus Cristo nos reconciliou com Deus. Neste momento, você pode confessar seus pecados a Deus com arrependimento sincero e Ele irá perdoá-lo.

Penitência são atos como, jejuns, vigílias, peregrinações que os fiéis - ou a Igreja - oferecem a Deus, ao Pai Criador, como provas de que estão arrependidos dos seus pecados; praticados dentre os diversos ramos do cristianismo - de diferentes formas - com a finalidade de expiação dos pecados; tendo o significado de um sacrifício pessoal do fiel, pagando um pecado cometido.

A penitência pode assumir variadas formas, nomeadamente a reparação proporcional do mal feito, a perseverança na oração e na prática das boas obras, a leitura e a meditação de passagens da Sagrada Escritura, a vigília, a auto-flagelação, o jejum e a esmola. Antigamente, acreditavam que, com flagelações no próprio corpo, a alma seria libertada. Essa atitude demonstrava que a alma era mais importante do que o corpo humano.

Porém, nenhuma penitência ter valor algum diante de Deus, porque tudo que é feito na carne não pode agradar a Deus. Leia Romanos 8:8.

Romanos 8:6-8
"Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus."

Vimos que o homem é formado por espírito, alma e corpo. Deus fala conosco no espírito e é somente este que pode agradar a Deus. Nada que é feito no corpo ou na alma agradam a Deus, pois Ele quer que o ouçamos e que possamos adorá-lo em espírito e em verdade, como está escrito em João 4:23-24.

João 4:23-24
"Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade."

Tudo que é feito no corpo, de nada serve. Neste momento, você pode perguntar: "E o jejum?". Jejuar é abster-se de algo que alimenta o corpo. Assim, o corpo enfraquecido não tem forças para "lutar" contra o espírito, e este (o espírito), como está diretamente ligado a Deus para aqueles que aceitaram a Jesus como Senhor e Salvador, pode entrar em intimidade com Ele durante a oração. Porém, é necessário deixar claro que essa intimidade com Deus é conseguida por meio da oração. Jejuar sem orar é passar fome simplesmente, e passar fome não torna ninguém mais íntimo de Deus nem mais santo.

Aprendendo sobre espírito, alma e corpo, é possível compreendermos que não há nenhum valor espiritual nas penitências. De nada serve caminhar, carregar uma cruz ou andar de joelhos dezenas, centenas ou milhares de quilômetros para cumprir promessas, porque tudo isso é feito no corpo. Deus somente se agradará se houver adoração no espírito. Em vez de perder seu tempo com esses sacrifícios no corpo, medite na Palavra de Deus, ore e Ele falará com você e irá lhe ensinar grandes coisas, como está escrito em Jeremias 29:13.

Jeremias 29:13
"E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração."


Você não necessita fazer nenhum sacrifício e nenhuma promessa para receber perdão de pecados ou alguma "graça", pois o último sacrifício foi feito por Jesus na cruz, e Ele nos lavou de todos os nossos pecados. Apenas creia Nele.

Eucaristia
Para a Igreja Católica, a eucaristia (comunhão) é o sacramento mais importante da Igreja porque os católicos acreditam que ela relembra e renova o mistério pascal de Cristo, atualizando e renovando assim a salvação da humanidade. Por isso, recebe também o nome de Santíssimo Sacramento. Este sacramento está associado também à transubstanciação, que é a crença de que, após a consagração, o pão e o vinho oferecidos e consagrados se tornam realmente o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, sob as aparências de pão e vinho.

Mas a Bíblia não comprova a transubstanciação.
Em Lucas 22:19, Jesus diz para fazermos em memória dele, mas, nem antes e nem depois desse versículo, Ele falou que o pão e o vinho se transformaram no corpo e sangue dele. O pão e o vinho representam o corpo e o sangue de Jesus, respectivamente.

Em 1 Coríntios 11:23-26 está escrito:
"Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha."

A ceia do Senhor, ou eucaristia para os católicos, é a representação da ceia que o Senhor Jesus ensinou que fizéssemos em memória Dele. Não ocorre nenhuma transformação do pão e do vinho no corpo e no sangue de Jesus. Jesus está conosco todos os dias. Ele disse isso em Mateus 28:19-20.

Mateus 28:19-20
"Portanto ide, fazei discípulos de todas as naçöes, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém."

Sagrado Matrimônio
Sagrado matrimônio é o sacramento que valida, diante de Deus, a união de um homem e uma mulher, constituindo assim uma família. Segundo a tradição católica, com base no Evangelho de São Marcos, o casamento é indissolúvel. Só é permitido um segundo casamento no caso da morte de um dos cônjuges ou em situações especiais de nulidade do casamento.

Mas Jesus determinou quais são as situações especiais: a maioria dos líderes religiosos nos dias de Jesus permitiam que um homem se divorciasse de sua esposa por quase qualquer motivo. Ele chocou os seus ouvintes por ser mais severo que todas as linhas de pensamento, assim como mexe com os leitores de hoje em dia. Jesus diz em termos inconfundíveis que o casamento é um compromisso para a vida inteira. Pode até ser legal (baseado na lei do país) deixar o seu cônjuge por outra pessoa, mas é adultério aos olhos de Deus.
Jesus ensinou a respeito do divórcio em Mateus 19:9.


Mateus 19:9
“Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério.”

Além da morte do cônjuge, a situação acima é a única que pode separar marido e mulher.

Ordens Sagradas
Na Igreja Católica, as Ordens Sagradas são recebidas ao entrar para o clero, através da consagração das mãos com o santo óleo do Crisma e, no rito latino (ou ocidental), envolvem um voto de castidade enquanto que nos ritos orientais, os homens casados são admitidos como padres diocesanos, mas não como bispos ou padres monásticos. Em raras ocasiões, permitiu-se que padres casados que se converteram a partir de outros grupos cristãos fossem ordenados no rito ocidental. No rito ocidental, os homens casados podem ser ordenados diáconos permanentes, mas não podem voltar a casar se a esposa morrer ou se for declarada a nulidade do casamento. O sacramento das Ordens Sagradas é dado em três graus: o do diácono (desde o Concílio Vaticano II um diácono permanente pode ser casado antes de se tornar diácono), o de sacerdote e o de bispo.

Vejamos o que a Bíblia diz sobre isso:
A Bíblia diz que todos os que creem recebem um dom espiritual Dado pelo Espírito Santo (Romanos 12:3-8 e Efésios 4:7-8) quando nascem de novo (batismo. Leia sobre batismo neste artigo caso não tenha lido), para a edificação da Igreja de Cristo.

Romanos 12:3-8
"Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um. Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação, assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros. De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria."

Efésios 4:7-8
"Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo. Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens."

Além disso, a Bíblia não ensina a fazer voto de castidade (celibato clerical).

Mateus 8:14
"E Jesus, entrando em casa de Pedro, viu a sogra deste acamada, e com febre."

Em confronto direto com esse versículo, a Igreja Católica declara que Pedro foi o primeiro Papa e exige o celibato para o sacerdócio. Porém, como podemos constatar pelo texto, Jesus curou a sogra de Pedro, logo ele era casado. Esse fato contraria as exigências do catolicismo romano para que seus sacerdotes vivam no celibato. Em 1 Coríntios 9:5, lemos que, além de Pedro, outros apóstolos eram casados.

1 Coríntios 9:5
"Não temos nós direito de levar conosco uma esposa crente, como também os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas (Pedro)?"

Quanto aos bispos e diáconos, Paulo aconselha: “convém que seja casado” (1 Timóteo 3:2-5, 1 Timóteo 3:12; Tito 1:6-9).

1 Timóteo 3:2-5
"Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganáncia, mas moderado, não contencioso, não avarento; que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?);"

O celibato clerical foi instituído em caráter local em 386 por Sirício, bispo de Roma, e imposto obrigatoriamente pelo papa Gregório VII, em 1074. O casamento não é um mandamento, mas uma escolha individual. Leia em 1 Coríntios 7:1-6.

1 Coríntios 7:1-6
"Ora, quanto às coisas que me escrevestes, bom seria que o homem não tocasse em mulher; Mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido. O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido. A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher. Não vos priveis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes ao jejum e à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência. Digo, porém, isto como que por permissão e não por mandamento."

A igreja, o papa, ninguém tem o direito de proibir o casamento, pois ele é reconhecido por Deus como algo bom para o homem. Leia em Gênesis 2:18 e Gênesis 2:24.

Gênesis 2:18
"E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idónea para ele."


Gênesis 2:24
Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.

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